Crítica: Insurgente "Salve Salve os efeitos visuais"
- Susane Sanches
- 1 de jun. de 2014
- 2 min de leitura
Durante o lançamento de “Jogos Vorazes: A esperança”, ousei em dizer que a trilogia de Katniss era é uma das melhores séries de livros infanto-juvenis já adaptadas para as telonas e, mesmo gostando muito de “Divergente”, ainda mantenho em pé minha preferência. A segunda edição da série de Verônica Roth tem lá seus sintomas de capítulo do meio, aquele que demora a engrenar, requenta alguns diálogos e confunde a cabeça do espectador em roteiro mal construído.

Caro leitor, deixe-me situá-lo nessa futura e destruída Chicago. Após os eventos do primeiro filme, que se encerra com Tris e Quatro num trem que vai além dos limites da cidade, a protagonista que é interpretada por Shailene Woodley (dez vezes mais apta ao seu papel do que no primeiro longa), corre muito mais perigo ao sair à procura de aliados e respostas nas ruínas da cidade. Enquanto o casal está sendo caçado por Jeanine (Kate Winslet), poderosa líder da Erudição, ainda corre contra o tempo para sobreviver e descobrir a verdade sobre o mundo em que vive.
No primeiro filme com um elenco mais fraco e atuações medianas, agora “Insurgente” enche a tela de brilho com uma nova Shailene, que surpreende ao se encontrar no papel de Tris. Naomi Watts e Theo James também aparecem com excelentes performances. No entanto, passo a vez para Kate Winslet, que (na minha singela opinião) ainda não foi feliz em seu novo papel de vilã.
O roteiro que não segue a risca a obra de Roth, não deixa a desejar, mas confunde a cabeça em cenas que se sucedem rapidamente sem muitos detalhes.
Sobram para o novo diretor da franquia alguns elogios e críticas. Robert Schwentke (de “R.I.P.D Agentes do além” e “RED”) diminui gradativamente a qualidade de elementos básicos de um filme, como a trilha sonora e a fotografia, mas, ao invés disso, nos presenteia com uma gama esplêndida de efeitos visuais que explodem na câmara escura contrastando muito bem a relação entre Tris e Jeanine, que fazem de “Insurgente” um filme de ação, aventura e ficção científica.
Um A+ para o casal Tris e Quatro, que deve agradar a maioria do público em suas cenas de romance. E rezem os fãs para que a continuação da série não caia no redemoinho das franquias feitas “nas coxas”… Inté cinéfilos.
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