Feminismo nas universidades
- Susane Sanches
- 21 de abr. de 2015
- 2 min de leitura

O feminismo está em evidência. O que vem contribuindo para dar visibilidade à luta pelos direitos das mulheres são os coletivos desenvolvidos dentro das Universidades. Em Campinas não poderia ser diferente, a causa está presente nas principais universidades da cidade. Alunas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas formaram o Coletivo Acácias, que já no seu encontro de acolhida, que aconteceu na última quarta-feira, contou com a presença de diversas universitárias de cursos distintos.
Na Unicamp, o coletivo Rosa Lilás é um dos diversos grupos semelhantes que existem no ambiente estudantil e está na ativa desde 2011. O empoderamento das mulheres e a troca de experiências é um dos focos principais dos encontros de ambos coletivos. Fabiana Oliveira, idealizadora e membra do Coletivo Acácias, acredita que os grupos devem ser um espaço de acolhimento e solidariedade entre as mulheres. Para Débora Lima, membra do coletivo Rosa Lilás, os grupos são importantes para encorajar as mulheres a combater o machismo dentro de seus cursos, na universidade e na comunidade, defendendo umas as outras, contribuindo com o crescimento da luta por igualdade de gêneros. Para Débora e Fabiana, o coletivo precisa descontruir na mulher a imagem intrínseca na sociedade: o patriarcado. Segundo elas, a mulher já nasce em uma posição considerada inferior, com espaço na vida privada, mas nunca na política. Fabiana completa que a partir da compreensão de que as mulheres foram condicionadas a calar, cria-se uma força e coragem para seguir justamente o caminho contrário. Fabiana explica que a universidade é o melhor ambiente para desconstruir preconceitos, pois é por definição um ambiente excludente, onde homens e mulheres, ricos e pobres, negros e brancos disputam espaços de localização muito distintas, assimétricas e desiguais e que a vivência acadêmica reproduz e acirra todas essas essas desigualdades, por isso é necessário coletivos: quebrar o silêncio que se faz sobre as opressões, incentivando as minorias a tomarem parte da sociedade e construir um ambiente onde todos tenham o mesmo espaço e as mesmas oportunidades.
Feminismo on-line
O feminismo ganha força com a internet. Através dela é possível marcar encontros, marchas, manifestações e difundir ideias através de vlogs. O público feminista têm crescido e é, em sua maioria, jovens que buscam informações sobre as causas e sobre o feminismo em si. Não é a toa que o canal JoutJout Prazer, vlog vinculado no YouTube por Juliana Tolezano, é hoje um dos mais vistos no Brasil, sucesso que começou a partir do vídeo “Não tira o batom vermelho”, que se trata justamente de mulheres que estão vivendo relacionamentos abusivos. Outro ponto interessante são os almanaques e apostilas distribuídos gratuitamente para as mulheres, além de fóruns que têm o mesmo propósito que os coletivos universitários: a troca de experiências. os fóruns são procurados por mulheres que buscam apoio e não encontram isso dentro de suas comunidades, seja pela falta de coletivos ou pela falta de conhecimento da sociedade em relação ao feminismo.
Confira aqui o vídeo "Não tira o batom vermelho", da Jout Jout, citado aqui em cima:
Gostou? Quer ver mais vídeos da JoutJout? Clica aqui: https://www.youtube.com/user/joutjoutprazer
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